ZONA DE CONFORTO MENTAL

    Zona Conforto

    Zona Conforto

    Nossos comportamentos são um programa mental. Aparecem de forma automática, sem que percebamos. Este programa mental faz com que tenhamos padrões de comportamento que se repetem dia após dia, como se agíssemos com o piloto automático ligado.

    Na prática, significa que nós poderíamos comparar vários de nossos comportamentos, com o piloto automático de um avião. O piloto decola, programa a rota e se não houver problemas só desliga quando for aterrissar. O programa faz as manobras sem a necessidade de ações do piloto.

    À medida que ficamos mais velhos, descobrimos que a vida é mais fácil e menos estressante quando é previsível. Por isso, tendemos a evitar novas experiências e desenvolvemos rotinas em torno do que já sabemos e com o que nos sentimos à vontade. Ao fazer isso, as oportunidades que temos para formar novas associações ficam reduzidas a um nível abaixo do que seria ideal para manter o cérebro em plena forma.

    Você pode estar lendo isto e pensando: “Levo uma vida bastante ativa e meu cérebro parece muito estimulado. Tenho minhas rotinas, é claro, mas não deixo de assistir a filmes novos, ouvir novas canções no rádio, ver televisão ou conhecer outras pessoas”.

    A verdade, porém, é que a maioria das pessoas passa pela vida adulta empenhada numa série de rotinas excessivamente constantes. Pense em sua semana média ou em sua vida do dia-a-dia. O café da manhã, a ida e volta do trabalho, as funções na empresa, o almoço, o jantar, os mesmos programas de televisão, os encontros com amigos uma semana depois da outra. O que você faz de diferente?

    É surpreendente constatar como nossa vida cotidiana é normalmente previsível e livre de surpresas. Em conseqüência, exploramos muito pouco a capacidade do cérebro de fazer novas associações.

    As pessoas, para tentarem se proteger dos problemas, tendem a evitar o desconhecido e o difícil. Refugiando-se nos valores e nos hábitos que já conhecem. Procuram fazer apenas o que estão acostumados. Reagem ao novo, resistem a mudanças, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, nas concepções políticas, religiosas, etc, criando assim, em suas vidas, uma zona de conforto.

    É difícil aprender ou fazer coisas novas, é doloroso mudar atitudes, porque isto está fora da zona de conforto. Aquilo que não é familiar também não é confortável, e assim passa a ser inconveniente. No entanto, o verdadeiro aprendizado, sempre ocorre fora da zona de conforto.

    O cérebro humano está preparado, em termos de evolução, para procurar e reagir ao que é inesperado ou inusitado, como novas informações vindas do mundo exterior. É o que estimula o cérebro. Ao reagir à novidade, a atividade cortical aumenta nas mais variadas áreas do cérebro. Isso fortalece as conexões sinápticas, liga áreas diferentes em novos padrões.

    Durante muito tempo, pensou-se que as sinapses só podiam crescer no cérebro das crianças. Mas trabalhos mais recentes comprovaram que neurônios velhos podem desenvolver dendritos para compensar as perdas.

    Outros experimentos indicam que os circuitos neurais em cérebros adultos possuem a capacidade de passar por mudanças impressionantes, uma capacidade que os cientistas pensavam estar perdida depois da infância.

    Apesar de envelhecer, o cérebro continua a possuir uma capacidade extraordinária de crescer, adaptar, e mudar padrões de conexões.

     Que consequências essa previsibilidade traz para nosso cérebro? Como os compromissos de rotina são quase inconscientes, costumam ser efetuados com um mínimo de energia cerebral e proporcionam pouco exercício para o cérebro.

     O poder do córtex de formar novas associações é altamente subutilizado. Se você vai a pé ou de carro para o trabalho sempre pelo mesmo caminho, todos os dias, usa os mesmos circuitos do cérebro. As ligações neurais entre áreas do cérebro necessárias para fazer esse percurso tornam-se fortes.

     E as outras ligações com áreas que inicialmente eram ativadas quando o caminho era novo – como uma nova vista, cheiro ou som ao virar uma esquina – vão se tornando mais fracas à medida que a viagem vira uma rotina. 

    Ou seja, você se tornou muito eficiente para ir do ponto A ao ponto B, mas conseguiu isso à custa do seu cérebro. Perdeu as oportunidades para a novidade e o tipo de associações diversificadas que proporcionam um bom exercício ao cérebro.

    Por tudo isso que acabamos de ler, que tal um desafio?

    A única maneira de obter novas sinapses, e com isso novas habilidades, oportunidades e real crescimento pessoal e profissional, é sair da zona de conforto.

    “O PLANTIO É OPCIONAL A COLHEITA OBRIGATÓRIA”.

    Autor: Administrador Evandro Jackson Redivo Nava
    Consultor em Gestão de Pessoas da LEVEL UP Consultoria
    CRA/PR – 20-10322